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Banco Central indica que vai subir Selic em 1 pp mais duas vezes

Publicado 11/12/2024 • 21:20 | Atualizado há 3 meses

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A taxa Selic foi ajustada nesta quarta-feira (11), de 11,25% para 12,25% ao ano, pelo Copom.
  • As próximas reuniões, que serão realizadas em 2025, já terão Gabriel Galípolo na presidência da autoridade monetária e o novo corpo de diretores.
  • Para Murilo Viana, economista e especialista em contas públicas, a decisão veio acima das expectativas médias de mercado.

Após elevar a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 11,25% para 12,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que vai fazer mais dois reajustes de mesma magnitude em seus próximos encontros, caso o cenário esperado pelo colegiado se confirme.

As reuniões, que serão realizadas em 2025, já terão Gabriel Galípolo na presidência da autoridade monetária e o novo corpo de diretores, com maioria indicada pelo atual governo.

“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões. A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o comunicado.

Para Murilo Viana, economista e especialista em contas públicas, a decisão veio acima das expectativas médias de mercado e há indicação de que as próximas reuniões do Copom poderão terminar com altas da mesma dimensão.

“É um posicionamento bastante forte do Banco Central, que priorizou a condução por meio da taxa de juros, e isso tende a amarrá-lo à taxa de juros nas próximas reuniões, caso a inflação não comece a ceder”, afirmou ele.

A próxima reunião do Copom acontecerá durante uma nova presidência do Banco Central, que passará para o controle de Gabriel Galípolo.

Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais, diz acreditar que o Copom vai seguir vigilante, mas com “menor apetite por alta de juros, se a inflação assim permitir”.

O comunicado “precisava ser duro e realmente foi”, disse Marcelo Bolzan, CGA, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital.

Hudson Bessa, especialista em fundos de investimento e sócio da HB Escola de Negócios, também analisou a decisão. “Precisamos realmente apertar a política monetária”, afirmou. Ao justificar a alta da Selic em 1 ponto percentual, acima do esperado pelo mercado, Bessa destacou a necessidade de combater a inflação crescente e a política fiscal frouxa.

Essa decisão do Copom, segundo o especialista, visa transmitir um sinal de firmeza e evitar uma leitura de fragilidade do Banco Central, especialmente diante da transição de governo.

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