‘Choque de descredibilidade’: economista analisa impacto do pacote fiscal no dólar
Publicado 01/12/2024 • 12:24 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 01/12/2024 • 12:24 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
O dólar atingiu R$ 6,11 nesta semana, o maior valor nominal da história, refletindo o cenário de incertezas após a apresentação do pacote fiscal pelo governo federal.
Segundo Beto Saadia, economista e diretor de investimentos da Nomos, a alta foi impulsionada por um “choque de descredibilidade”.
Segundo ele, o mercado esperava um pacote de contenção de gastos, mas o que foi anunciado trouxe incertezas e um potencial aumento de despesas, contrariando as expectativas.
“Era para ser um dia de mera formalidade, mas o governo prometeu uma coisa e entregou outra. Isso gerou um prêmio de risco no mercado”, afirmou Saadia durante o jornal ‘Times Brasil’ exibido no último sábado (30). Ele também destacou outros fatores que pressionam a moeda, como a balança comercial enfraquecida e a força da economia dos Estados Unidos, que mantém altas taxas de juros – atraindo capital de mercados emergentes.
“A alta do dólar já impacta a inflação, com repasses que podem levar meses para serem integralmente sentidos”, explica Saadia.
Com o dólar elevado, o Banco Central do Brasil enfrenta o desafio de controlar a inflação. Para Saadia, a próxima reunião do Copom pode trazer um aumento maior na taxa básica de juros (Selic) do que o inicialmente previsto. “Além do impacto imediato do câmbio, há a perspectiva de juros futuros mais altos, o que já influencia financiamentos na ponta”, concluiu.
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