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Publicado 05/12/2024 • 07:43
KEY POINTS
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reagiu às pressões do setor financeiro classificando-as como um “ataque especulativo” ao Real.
Ele destacou dados econômicos positivos, como a redução do nível de desemprego, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a expansão dos investimentos para sustentar que fatos como a alta do dólar frente à moeda brasileira não encontram amparo na realidade.
“Vivemos duas realidades no país. A da vida real, da economia real, que cresceu 3,2% no ano passado; vai crescer 3,5% [em 2024] e [que registrou] o menor [nível de] desemprego da série histórica”, comentou Costa, referindo-se à atual taxa de desocupação, de 6,2%, menor patamar verificado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua desde 2012.
“Ou seja, é um cenário extremamente positivo. Mas do outro lado, temos um cenário imaginário, de especuladores, que não dá para compreender. De pessoas que colocam o desejo de auferir lucros extraordinários, tentando elevar artificialmente o preço do dólar [e, consequentemente, encarecer] as condições de vida das pessoas”, declarou o ministro ao participar de uma reunião do Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de Inteligência (Consisbin), em Brasília.
Para Costa, as pressões também sugerem haver interesses eleitoreiros. “Como são dois cenários muito diferentes, passa-se uma ideia como se quisessem antecipar o cenário de [disputa eleitoral de] 2026. Parece-me muito mais uma atuação com perfil político, eleitoral, já que a vida real, os números reais, não correspondem a esse ataque especulativo que estamos sofrendo”, comentou o ministro, assegurando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe do governo federal estão “serenos”.
“Esperamos que, em pouco tempo, esses que fazem ataque especulativo passem, seja pelo prejuízo que vão ter, seja por [força do] convencimento, [por] acreditarem em nosso país”, finalizou Costa.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem “absoluto compromisso” com a responsabilidade fiscal e disse que o País crescerá 3,5% em 2024.
Costa defendeu a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês e disse que tal medida não significa “onerar o Estado”.
“Um presidente que diz: Quero crescer, incluir e diminuir desigualdade, mas não abro mão da absoluta responsabilidade fiscal”, disse Rui Costa durante evento de inauguração do Projeto Cerrado, maior linha única de produção de celulose do mundo, que pertence à Suzano.
Na fala, o ministro citou pessoas que “torcem contra o Brasil” e que diminuem a perspectiva de crescimento da economia do país. “Esse ano, esses mesmos pessimistas que diziam que o Brasil ia crescer 1,5%, o Brasil vai fechar o ano crescendo 3,5%. Cresceu como? Investimento, ampliando crédito”, comentou.
E complementou: “A posição do presidente é muito clara. O governo tem que ser mediador, facilitador dos investimentos, e é por isso que o Brasil cresce de forma segura”.
Segundo ele, Lula reafirma compromisso fiscal, mas também o comprometimento em dar “dignidade a quem precisa”.
Nesse sentido, Rui Costa citou o pacote fiscal do governo federal. Lula envia ao Congresso medidas para continuar reafirmando seu compromisso com o arcabouço fiscal”, disse.
Ao falar sobre os projetos enviados, o ministro citou a medida anunciada de isentar do IR quem recebe até R$ 5 mil por mês, uma promessa de campanha do presidente. “Isso não significa onerar o Estado”, comentou. “A medida é para quem ganha R$ 2 milhões, R$ 5 milhões pague, pelo menos, no mínimo, 10% para liberar aquela pessoa que ganha R$ 3 mil de isenção para ir para a feira, para o supermercado, comprar comida e dar dignidade à sua família”.