Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Para Campos Neto, o ideal é que pacote fiscal não mexa na arrecadação e seja anunciado logo
Publicado 18/11/2024 • 17:14 | Atualizado há 7 meses
Megaprojeto de Trump passa por pouco no Senado, mas Câmara ainda pode rejeitar mudanças
Ações da Tesla despencam após Trump dizer que DOGE deveria analisar os subsídios de Elon Musk
Premier League Inglesa integra IA da Microsoft em novo acordo de 5 anos
Apesar de déficit, bancos dizem que o ‘grande e belo projeto de lei’ de Trump pode impulsionar a economia dos EUA
Atividade industrial da China cresce inesperadamente em junho, mostra pesquisa
Publicado 18/11/2024 • 17:14 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
Roberto Campo Neto na sede do Banco Central em São Paulo
Paulo Pinto/Agencia Brasil
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que para o pacote fiscal do governo ser eficiente é preciso que não haja medidas que representam aumento de arrecadação e que seja divulgado rapidamente. Ele também fez críticas à proposta de mudar as regras sobre a escala de trabalho (leia mais abaixo).
Campos Neto fez essas observações durante uma palestra no Insper, uma faculdade em São Paulo. Veja o vídeo:
“Para ter choque positivo de credibilidade, é preciso ser uma coisa muito mais baseada em corte de gastos do que através de receita”, ele afirmou.
Caso as medidas a serem anunciadas pelo governo sejam tanto de corte de gastos como aumento de arrecadação, há um risco de “interditar o processo”, ele afirmou.
O presidente do Banco Central também afirmou que o tempo em que o pacote será anunciado faz diferença.
A lógica dele é que enquanto as medidas não são anunciadas, as decisões estão sendo tomadas.
“Estamos em uma situação na qual o mercado anseia muito por um choque positivo” afirmou.
O presidente do Banco Central falou mais de uma vez que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está se esforçando para anunciar as medidas de corte.
“Não acho que a situação fiscal do Brasil é um desastre iminente, a gente tem muitos recursos e muitas possibilidades de fazer correções de rota. Acho que o governo está bastante esforçado, vejo vontade do ministro Haddad de fazer (o corte de gastos)”, afirmou.
Em entrevista ao Times Brasil – licenciado exclusivo da CNBC -, o ministro Haddad afirmou que o conjunto das medidas do pacote de corte de gastos está quase todo fechado, mas falta a resposta de um ministério que foi atingido, o da Defesa.
“Nós tivemos boas reuniões com o ministro (José Múcio) e com os comandantes das Forças”, disse Haddad em uma entrevista exclusiva.
Ele também criticou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) para acabar com a escala 6 x 1 –pela lei brasileira, permite-se que as empresas contratem funcionários para trabalhar seis dias e folgar um
Campos Neto citou essa PEC durante sua exposição sobre dados da economia. Ele afirmava que a taxa de desemprego surpreende, por estar baixa, e que isso se deve, em parte à reforma trabalhista aprovada durante o governo de Michel Temer.
Ele então afirmou: “Por isso que comentei outro dia que vejo com muita preocupação esse projeto do 6 x 1, porque acho que vai contra o que produzimos (a reforma trabalhista) que foi muito bom para o emprego no Brasil, tem evidências disso”.
Segundo Campos Neto, “não é colocando mais deveres para os empregadores que vai se atingir mais direitos para os trabalhadores, essa é uma realidade que não existe”.
Mais lidas
CNBC Originals: inteligência artificial avança na educação e amplia uso em escolas e empresas
Comcast NBCUniversal, controladora da CNBC, está na lista das empresas mais influentes da revista TIME
SAS encomenda 55 jatos da Embraer por US$ 4 bilhões
Em junho, a inflação na zona do euro sobe e alcança a meta de 2% do Banco Central Europeu
Plano Safra: “O agro paga a conta da irresponsabilidade fiscal do governo”, afirma Pedro Lupion