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Riscos no varejo mundial crescem diante da guerra tarifária; Brasil tem cenário desfavorável
Publicado 09/09/2025 • 12:11 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 09/09/2025 • 12:11 | Atualizado há 2 meses
Helio Montferre/Ipea
Nenhum varejo no mundo está protegido da guerra comercial tarifária em curso. Conforme estudo da Allianz Trade, líder mundial em seguro de crédito e empresa do grupo Allianz, o varejo dos 66 países analisados corre algum tipo de risco diante da guerra tarifária, das novas demandas do consumidor e da fragilidade das cadeias de suprimento.
Do total, 29 países apresentam risco médio, com sinais de fraqueza ou possível desaceleração. Os demais 37 apresentam risco sensível, indicando fraqueza estrutural e panorama desfavorável. O varejo no Brasil se encaixa nesse último grupo, mas não é o único. Entre os setores brasileiros analisados no estudo, somente a indústria farmacêutica nacional apresenta baixo risco.
“Grandes empresas com amplas reservas de caixa estarão mais bem posicionadas para navegar em águas turbulentas”, afirmou o estudo, assinado por Ludovic Subran, economista-chefe da Allianz Trade. No entanto, diz ele, “empresas menores poderão enfrentar alguns problemas de solvência”.
Diante das tarifas, o principal cenário de risco para as empresas seria um aumento substancial dos custos operacionais. Nesse caso, alguns varejistas poderão ser forçados a modificar suas políticas de terceirização e buscar novos parceiros para evitar aumentos tarifários e repasse de cobranças aos clientes, elevando os preços para proteger margens já reduzidas.
“Uma mudança drástica na política de terceirização pode exigir investimentos elevados”, afirmou o estudo. “Isso pode representar um período de transição de vários anos para os varejistas antes de estarem totalmente operacionais.”
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Entre as regiões analisadas, a América Latina é, segundo o estudo, a menos atrativa. A avaliação indica um aumento de apenas 3% ao ano da receita do varejo na região entre 2025 e 2026, devido ao impacto das tarifas. “Esperamos um choque econômico negativo na região devido à nova política tarifária dos EUA.”
Entre os 11 países analisados na região, seis (México, Colômbia, Peru, Equador, Panamá e Chile) apresentam risco médio. Os outros cinco, incluindo o Brasil, têm risco sensível.
Além do ambiente macroeconômico, os varejistas também enfrentam uma mudança de paradigma: o envelhecimento das sociedades nas principais economias desenvolvidas forçará as empresas a adaptar sua proposta de valor ao grupo etário mais velho. “É o grupo que possui maior poder de compra, mas é menos inclinado a gastar de forma supérflua.”
Ao mesmo tempo, a Geração Z apresenta um comportamento de consumo diferente, favorecendo uma experiência integrada, canais digitais e maior personalização dos produtos, além de ser mais seletiva e volátil. “A Geração Z é mais propensa a compras por impulso e exerce influência significativa por meio de suas redes sociais”, afirmou o estudo. “É algo que as empresas não podem ignorar.”
Dos 18 setores da economia brasileira analisados, apenas a indústria farmacêutica apresenta baixo risco diante da guerra comercial. Todos os outros apresentam algum tipo de risco. São dois setores com alto risco: o têxtil e o químico.
Outros 15 apresentam risco sensível, que pode ser de fraqueza estrutural ou de panorama desfavorável. Os dois restantes (serviços de TI e energia) apresentam risco médio, com sinais de fraqueza ou possível desaceleração.
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