Especialista explica relação de criptomoedas com ouro: “É possível até resgatar o valor em ouro físico”

Diante da instabilidade nos mercados globais, moedas digitais atreladas ao ouro vêm se destacando como alternativas seguras, disse Theodoro Fleury, diretor de investimentos da QR Asset Management, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. “Esses criptoativos seguem a cotação do ouro quase na proporção de um para um”.

Fleury explicou que ativos como Pax Gold e Tether Gold “têm uma reserva em ouro físico depositada em um custodiante oficialmente reconhecido”, o que dá respaldo à emissão das moedas. Segundo ele, “ambos os ativos têm cerca de 800 milhões de dólares em valor de mercado”.

Para o especialista, o desempenho positivo desses criptoativos está diretamente ligado ao momento geopolítico. “Desde a invasão em Israel, em outubro de 2023, houve uma corrida pelo ouro. Na época, o ouro valia cerca de 1.600 dólares; hoje, quase dobrou de preço.”

Para o investidor que busca facilidade e liquidez, a versão digital do ouro é vantajosa. “Comprar ouro físico é complicado. Já as criptomoedas permitem transações rápidas e com menores custos”, ele afirmou. Segundo Fleury, “é possível até resgatar o valor em ouro físico, se o investidor quiser”.

Fleury acredita que, para quem já está familiarizado com o ambiente digital, esses ativos são uma opção estratégica. “Talvez seja um veículo mais interessante para se expor à valorização do ouro”.

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Renata Nogueira

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