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Corona reporta queda nas vendas de cerveja; tarifas aumentam custo de matéria-prima
Publicado 07/10/2025 • 08:49 | Atualizado há 1 mês
Publicado 07/10/2025 • 08:49 | Atualizado há 1 mês
KEY POINTS
A Constellation Brands, dona das marcas Corona e Modelo Especial, reportou na segunda-feira (6) uma queda de 7% nas vendas de cerveja no segundo trimestre fiscal de 2026 (encerrado em 31 de agosto), impactada pela menor demanda do consumidor e pela alta de custos de produção provocada pelas tarifas impostas pelo governo Donald Trump.
O aumento dos custos com alumínio e insumos, somado a um ambiente macroeconômico mais fraco, pressionou as margens e desacelerou o desempenho da companhia nos Estados Unidos, seu principal mercado.
Segundo o balanço, o lucro líquido foi de US$ 466 milhões, ou US$ 2,65 por ação, revertendo o prejuízo de US$ 1,2 bilhão do mesmo período de 2024. Na base ajustada, o lucro por ação ficou em US$ 3,63, acima da expectativa de US$ 3,38, enquanto a receita líquida somou US$ 2,48 bilhões, uma queda de 15% em relação ao ano anterior.
As ações da Constellation Brands subiram cerca de 3,3% no after market após o resultado superar as projeções de Wall Street. Ainda assim, os papéis acumulam queda de 37,2% em 2025, reflexo das preocupações com a redução da demanda e o impacto das tarifas no custo de produção.
Durante a teleconferência, executivos afirmaram que o comportamento do consumidor permanece “deprimido”, segundo dados da Universidade de Michigan e pesquisas internas.
A empresa destacou que mais de 80% dos consumidores hispânicos e não hispânicos seguem preocupados com o cenário econômico e 70% demonstram receio em relação às finanças pessoais.
Esse público — responsável por cerca da metade das vendas de cerveja da companhia nos EUA — tem reduzido o consumo em bares, eventos e lojas de conveniência.
A Constellation também associou a retração às políticas migratórias mais rígidas e ao temor de deportações, o que tem afastado consumidores hispânicos de espaços públicos.
O segmento de cervejas, principal fonte de receita da empresa, registrou volume vendido 8,7% menor e queda de 2,7% nas vendas líquidas. A margem operacional caiu 200 pontos-base, para 40,6%, pressionada pelos aumentos de custos e pelas tarifas sobre alumínio, além de maior gasto em marketing.
As marcas mais importantes também tiveram retração:
Em contrapartida, Pacífico e Victoria registraram alta de 14% e 19%, respectivamente.
“Mesmo enfrentando um ambiente socioeconômico difícil, continuamos focados em nossos objetivos estratégicos: ampliar distribuição, investir em inovação e fortalecer nossas marcas”, afirmou o CEO Bill Newlands.
A Constellation manteve a projeção de lucro ajustado por ação entre US$ 11,30 e US$ 11,60 para o ano fiscal de 2026, faixa revisada para baixo em setembro.
A previsão anterior era de US$ 12,60 a US$ 12,90. A empresa também reafirmou a expectativa de queda nas vendas orgânicas entre 4% e 6%, refletindo cautela diante do ambiente de consumo.
Para o segmento de cervejas, a companhia prevê recuo entre 2% e 4% nas vendas e de 7% a 9% no lucro operacional até fevereiro de 2026.
No trimestre, foram recomprados US$ 604 milhões em ações, e a companhia anunciou dividendo trimestral de US$ 1,02 por ação.
O segmento de vinhos e destilados teve queda de 65% na receita e redução de 76% no volume embarcado, resultado da venda de marcas e ativos, como o destilado SVEDKA e parte do portfólio de vinhos da empresa, negociados em 2025.
O segmento passou a operar com prejuízo de US$ 19,8 milhões, ante lucro de US$ 70,5 milhões um ano antes.
Apesar disso, a Constellation informou que o portfólio remanescente de vinhos e destilados premium superou o desempenho médio do setor em vendas e volume, segundo dados da Circana.
Com sede em Nova York e operações nos Estados Unidos, México, Nova Zelândia e Itália, a Constellation Brands é uma das maiores produtoras e distribuidoras de cerveja, vinho e destilados premium do mundo.
Seu portfólio inclui Corona Extra, Modelo Especial, Robert Mondavi Winery, Kim Crawford, The Prisoner Wine Company, High West e Casa Noble.
A empresa encerrou o semestre com fluxo de caixa operacional de US$ 1,5 bilhão e caixa livre de US$ 1,1 bilhão, mantendo alto investimento nas operações de cerveja no México.
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