A FedEx divulgou nesta terça-feira resultados trimestrais de lucro e receita melhores do que o previsto, enquanto anunciou que atingiu sua meta de cortar US$ 4 bilhões (R$ 22 bilhões) em custos e planeja reduzir mais US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) no ano fiscal seguinte.
A empresa alcançou sua “meta de redução de custos estruturais, apesar dos desafios contínuos”, disse o CEO Raj Subramaniam em um comunicado à imprensa. “Olhando para o futuro, estou confiante de que nossas iniciativas de transformação, focadas na integração de nossas redes e na redução dos custos de operação, criarão um valor significativo a longo prazo”, afirmou.
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Impacto no mercado e detalhamento dos resultados
As ações da FedEx caíram cerca de 5% no pregão após o horário regular, já que a orientação de lucro para o trimestre atual ficou um pouco abaixo do esperado por Wall Street. Até o fechamento de terça-feira (24), as ações da FedEx haviam caído mais de 18% no acumulado do ano.
Veja como a empresa se saiu no quarto trimestre fiscal de 2025 em comparação com o que os analistas previam, com base em uma pesquisa de analistas da LSEG:
- Lucro por ação: US$ 6,07 (R$ 33,46) ajustado vs. US$ 5,84 (R$ 32,2) esperado
- Receita: US$ 22,2 bilhões (R$ 122,5 bilhões) vs. US$ 21,8 bilhões (R$ 120,1 bilhões) esperado
A FedEx relatou que seu volume diário de pacotes nos EUA aumentou 6% em relação ao ano anterior. Especificamente, o volume de entregas domiciliares terrestres nos EUA cresceu 10% em relação ao ano anterior. A empresa informou um lucro líquido no trimestre encerrado em 31 de maio de US$ 1,65 bilhão (R$ 9,1 bilhões), ou US$ 6,88 (R$ 37,9 bilhões) por ação, comparado a US$ 1,47 bilhão (R$ 8,1 bilhões), ou US$ 5,94 (R$ 32,75) por ação, no ano anterior.
Ajustando para itens pontuais, incluindo custos contábeis associados a planos de aposentadoria e outras cobranças, a FedEx relatou um lucro por ação de US$ 6,07 (R$ 33,46). A receita para o quarto trimestre fiscal subiu para US$ 22,2 bilhões (R$ 122,5 bilhões), um aumento leve em relação aos US$ 22,1 bilhões (R$ 121,8 bilhões) do ano anterior. Para o ano fiscal completo, a receita foi de US$ 87,9 bilhões (R$ 484,6 bilhões), acima dos US$ 87,7 bilhões (R$ 483,5 bilhões) do ano fiscal de 2024.
A FedEx e sua concorrente UPS são normalmente vistas como indicadores da economia global, já que atendem a uma ampla variedade de negócios.
Estratégias de redução de custos
A FedEx informou que seus gastos de capital para o ano fiscal de 2025 foram de US$ 4,1 bilhões (R$ 22,6 bilhões), uma queda de 22% em relação aos US$ 5,2 bilhões (R$ 28,7 bilhões) do ano fiscal de 2024. Os gastos de capital como percentual da receita atingiram seu nível mais baixo na história da FedEx, de acordo com o comunicado.
A redução nos gastos ocorre enquanto a FedEx persegue uma iniciativa de corte de custos a longo prazo. Seu programa DRIVE, introduzido no ano fiscal de 2023, visa melhorar a lucratividade a longo prazo. A FedEx afirmou nesta terça-feira (24) que atingiu sua meta de US$ 4 bilhões (R$ 22, bilhões) no total de economias do DRIVE até o final do ano fiscal de 2025, em relação ao ano fiscal de 2023. Sua orientação para o ano fiscal completo de 2026 inclui reduções de custos de US$ 1 bilhão (R$ 5,51 bilhões).
Perspectivas futuras
Para o primeiro trimestre fiscal de 2026, a FedEx apresentou uma orientação mista. A empresa prevê que a receita será estável ou aumentará até 2% em relação ao ano anterior, superando as estimativas do StreetAccount, que previam uma queda de 0,1% na receita. No entanto, a FedEx espera um lucro ajustado por ação de US$ 3,40 (R$ 18,74) a US$ 4,00 (R$ 22,05), um pouco abaixo da estimativa do StreetAccount de US$ 4,06 (R$ 22,38).
Em dezembro, a FedEx anunciou planos há muito aguardados de separar sua divisão Freight, criando duas empresas de capital aberto. Naquela época, a FedEx disse que esperava que a cisão, isenta de impostos, fosse concluída em até 18 meses.
Os resultados trimestrais foram divulgados poucos dias após a morte do fundador e presidente executivo da FedEx, Fred Smith, aos 80 anos. Smith deixou o cargo de CEO em 2022 e foi sucedido por Subramaniam.
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