Modelo da Deepseek é o melhor da China, mas há muita euforia, diz CEO do Deepmind do Google
Publicado 09/02/2025 • 15:39 | Atualizado há 1 mês
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Publicado 09/02/2025 • 15:39 | Atualizado há 1 mês
KEY POINTS
O modelo de inteligência artificial da Deepseek “é provavelmente o melhor trabalho” na área da China, afirmou Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, neste domingo (9). No entanto, ele diz que a empresa não apresentou novos avanços científicos.
No mês passado, a Deepseek, da China, lançou um artigo que teve efeitos nos mercados globais porque indicava que seu modelo de IA foi treinado por uma fração do custo dos principais concorrentes sem os chips da Nvidia.
Após o anúncio da DeepSeek, os investidores começaram a vender ações de empresas de inteligência artificial e houve um grande debate a respeito do dinheiro que está sendo gasto em estrutura para IA.
Hassabis elogiou o modelo da Deepseek e disse que é “um trabalho impressionante”.
“Acho que é provavelmente o melhor trabalho que vi sair da China”, disse Hassabis em um evento organizado pelo Google em Paris, antes da Cúpula de Ação de IA que está sendo realizada na cidade.
O CEO da DeepMind afirmou que o modelo de IA mostra que a Deepseek pode fazer “engenharia extremamente boa” e que “muda as coisas em uma escala geopolítica”.
No entanto, do ponto de vista tecnológico, Hassabis disse que não houve uma grande mudança.
“Apesar do alarde, não há nenhum novo avanço científico. (A empresa) está usando técnicas já conhecidas [em IA]” e o entusuasmo em torno da Deepseek foi “um pouco exagerado”, disse ele.
O CEO da DeepMind afirmou que os modelos Gemini 2.0 Flash da empresa, que o Google lançou esta semana para todos, são mais eficientes do que o modelo da DeepMind.
As afirmações da Deepseek sobre seu baixo custo e os chips que ela utiliza foram questionadas por especialistas, que acreditam que o custo de desenvolvimento dos modelos da empresa chinesa é mais alto.
O mundo da IA debate o tema da chegada da inteligência artificial geral, ou AGI, há anos.
AGI se refere amplamente a uma IA mais inteligente do que os humanos.
Hassabis disse que a indústria de IA está “no caminho para a AGI”, que ele descreve como “um sistema que exibe todas as capacidades cognitivas que os humanos têm”.
“Acho que estamos perto agora, você sabe, talvez estejamos apenas, talvez a 5 anos ou algo assim de um sistema como esse, o que seria bastante extraordinário”, disse Hassabis.
“E acho que a sociedade precisa se preparar para isso e para as implicações que isso terá. E, você sabe, garantir que tiremos os benefícios disso e que toda a sociedade se beneficie, mas também que mitiguemos alguns dos riscos.”
Os comentários de Hassabis refletem os de outros na indústria que sugeriram que a AGI poderia estar mais próxima da realidade.
O CEO da OpenAI, Sam Altman, este ano disse que está “confiante de que sabemos como construir AGI como a entendemos tradicionalmente”.
Ainda assim, muitos na indústria também apontaram vários riscos associados à AGI. Uma das maiores preocupações é que os humanos percam o controle dos sistemas que criaram, uma visão compartilhada pelos proeminentes cientistas de IA Max Tegmark e Yoshua Bengio, que recentemente expressaram suas preocupações à CNBC sobre essa forma de IA.
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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