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“No consumo, devemos priorizar empresas que investem em mulheres”, avalia Mônica Monteiro, do WBA/Brics
Publicado 02/06/2025 • 11:45 | Atualizado há 1 mês
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Publicado 02/06/2025 • 11:45 | Atualizado há 1 mês
KEY POINTS
VP Comercial e de Novos Negócios do TImes Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, Mônica Monteiro, é a atual líder da Aliança Empresarial de Mulheres do Brics 2025
Reprodução
Mônica Monteiro é uma liderança feminina que faz acontecer. Não à toa. Ela é global chairperson do Women Business Alliance (WBA), do Brics, presidente do Fórum Industrial da Mulher Empresária na Confederação Nacional da Indústria (CNI), senior advisor da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e Vice-Presidente Comercial e de Novos Negócios do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.
Em entrevista à Agência DC NEWS, Mônica explicou sobre as dores sentidas pelas mulheres, quando o tópico é empreender, obter crédito e mesmo exportar. E que a resposta está nas mãos das próprias mulheres. “No Brasil, entre 70% e 85% das decisões de consumo são feitas por nós. Temos esse poder de compra”, disse.
“Podemos usar isso para priorizar empresas que investem em mulheres. O consumo é uma alavanca de transformação.” “Se a gente tem o poder [de compra], a gente também pode decidir o jogo.” Ela sugere usar isso para transformar o mercado e colocar mais mulheres na liderança e nos negócios.
Mônica avalia que há uma contradição em relação à concessão de crédito para mulheres. A lógica é simples, na opinião dela. “A verdade é que o risco da mulher não é maior. O sistema é que ainda tem um viés.”
Além da falta de crédito, outro ponto doloroso para as empreendedoras é que faltam conexões, explicando a insistência de Mônica em desenvolver o WBA e se envolver em entidades classistas e eventos que fortaleçam a figura feminina. Gerar as conexões e o networking. Confira a entrevista.
DC News – Por que um braço dedicado às mulheres nos negócios no Brics?
Mônica Monteiro – Estamos com várias agendas de negócios voltadas para mulheres. A Woman Business Alliance (WBA) surgiu justamente para fomentar esse ecossistema. Apesar da existência da aliança empresarial, percebemos que era preciso algo mais estruturado. A WBA nasceu em 2019 para mexer com os números ainda muito deficitários — poucas mulheres exportam e muitas enfrentam dificuldade de acesso a crédito.
E como você avalia o avanço do WBA nestes seis anos de existência?
Mônica – Eu mesma já montei e fechei empresas, errei, recomecei e aprendi. O importante é a trajetória e a rede de apoio. A WBA é uma rede estruturada, com governança e vice-presidentes que mobilizam milhares de mulheres. Exatamente por isso, as ações precisam estar bem estruturadas — para mostrar que existe caminho. As mulheres querem empreender, querem exportar, querem crescer. Cabe a nós abrirmos as portas.
Essa rede também ajuda a resolver questões práticas do dia a dia das empreendedoras?
Mônica – Sim, com certeza. Desde dúvidas sobre legislação e como captar recurso até onde encontrar compradores ou vendedores.
O quanto essas alianças e redes são decisivas para equilibrar os números que você chama de deficitários?
Mônica – Só com esses espaços organizados é que vamos destravar o potencial feminino no mercado global. Espaços como o CMEC [Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura] – órgão da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) —, que é uma rede enorme e bem estruturada de mulheres. Isso facilita demais.
Você acredita que os matchmakers de negócios são um dos caminhos para reduzir esse abismo?
Mônica – Sem dúvida. Temos de pegar essas federações, entidades de classe e mobilizá-las para promover mais rodadas de negócios. O problema global é claro: só 24% do comércio mundial é feito por empresas lideradas por mulheres. E não é questão de país rico — se fosse, o Japão teria números melhores.
O que falta?
Mônica – Organização, rede e incentivo.
Qual é o ponto de virada?
Mônica – A mulher é quem consome. E quem consome tem o poder. Se a gente tem o poder, a gente também pode decidir o jogo. Precisamos usar isso para transformar o mercado e colocar mais mulheres na liderança, nos negócios e no mundo.
Você diz que ainda há resistência e viés em oferecer crédito para mulheres. Qual o problema?
Mônica – A verdade é que o risco da mulher não é maior. O sistema é que tem viés. E isso é uma contradição: quem consome, em grande parte, são as mulheres. No Brasil, entre 70% e 85% das decisões de consumo são feitas por nós. Se temos esse poder de compra, também podemos usar isso como forma de escolha — priorizar empresas que investem em mulheres. O consumo é uma alavanca de transformação.
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