Ações da Tesla despencam 9% após outro trimestre fraco para vendas de automóveis
Publicado
24/07/2025 • 17:30
| Atualizado há 2 dias
Redação CNBC
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As ações da Tesla caíram nesta quinta-feira (24), após a empresa reportar uma queda nas vendas automotivas no segundo trimestre, em relação ao ano anterior.
Musk disse que a Tesla pode ter "alguns trimestres difíceis" pela frente devido ao término dos créditos fiscais federais para veículos elétricos.
A Tesla está enfrentando uma concorrência global mais acirrada de empresas de veículos elétricos, especialmente concorrentes de baixo custo da China.
As ações da Tesla caíram 9% nesta quinta-feira (24), após a empresa reportar um segundo trimestre consecutivo de queda nas vendas de automóveis. O CEO Elon Musk disse a analistas que poderia haver “alguns trimestres difíceis” pela frente devido ao término dos créditos fiscais federais para veículos elétricos.
A fabricante de veículos elétricos de Musk relatou uma queda de 16% na receita automotiva em relação ao mesmo período do ano anterior, para US$ 16,7 bilhões. A receita total caiu 12%, para US$ 22,5 bilhões, ante US$ 25,5 bilhões no ano anterior, abaixo da estimativa média dos analistas de US$ 22,74 bilhões, de acordo com a LSEG.
A Tesla tem enfrentado uma concorrência crescente em mercados-chave como China e Europa, especialmente de fabricantes chineses de veículos elétricos de baixo custo. No início de julho, a Tesla relatou uma queda de 14% nas entregas de veículos em relação ao ano anterior, para 384.000 no segundo trimestre.
E na Europa, os registros de carros novos da Tesla caíram no mês passado, de acordo com dados divulgados na quinta-feira pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis.
As ações da Tesla foram duramente atingidas neste ano, com queda de 25% em 2025, de longe o pior desempenho entre as megacaps de tecnologia.
Na teleconferência de resultados de quarta-feira, Musk e o CFO Vaibhav Taneja disseram que o “grande e belo projeto de lei” recentemente aprovado pelo Congresso afetaria os negócios da Tesla. O projeto de lei encerra um crédito tributário federal de US$ 7.500 para veículos elétricos no final de setembro.
Além das dificuldades no principal negócio automotivo da Tesla, a própria atividade política de Musk tem estado em foco.
A pessoa mais rica do mundo liderou o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do presidente Donald Trump, reduzindo o tamanho do governo federal e das agências reguladoras que supervisionam suas empresas. Ele também apoiou o partido alemão AfD, extremista anti-imigrantes.
Nos últimos meses, Musk e Trump têm se desentendido sobre o projeto de lei de gastos do presidente, e Musk disse recentemente que está formando seu próprio partido político.
Os investidores da Tesla aguardavam ansiosamente o lançamento de um modelo elétrico mais barato para renovar a linha envelhecida e, quem sabe, reavivar as vendas. A administração da Tesla informou que iniciou a produção limitada do modelo mais acessível em junho e espera aumentá-la no segundo semestre do ano.
Ainda assim, as perspectivas para o restante do ano permanecem incertas, já que a Tesla não divulgou nenhuma projeção oficial, diferente do início deste ano, quando a empresa afirmou que o crescimento retornaria em 2025.
“A administração inicialmente projetou um crescimento nas entregas em 2025”, disse Seth Goldstein, analista da Morningstar, em nota na quarta-feira. “Interpretamos a ausência de projeção como um sinal de que a administração não está mais prevendo crescimento no volume. Isso se alinha à nossa expectativa de queda nas entregas em 2025.”
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