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Netanyahu e Biden intensificam negociações para acordo de liberação de reféns em Gaza com apoio dos EUA

Publicado 12/01/2025 • 16:51

AFP

KEY POINTS

  • O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no domingo (12).
  • Netanyahu atualizou o presidente americano sobre o progresso nas negociações para alcançar um acordo de liberação de reféns em Gaza.
  • Por mais de um ano, os Estados Unidos têm mediado conversas ao lado do Catar e do Egito para um acordo que encerre a guerra em Gaza e libere os reféns restantes.
O primeIro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

O primeIro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Foto: DEBBIE HILL/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no domingo (12), atualizando-o sobre o progresso nas negociações para alcançar um acordo de liberação de reféns em Gaza. A conversa reforçou a importância de um cessar-fogo e do aumento da ajuda humanitária, com Biden destacando a necessidade imediata de interromper os combates para possibilitar a libertação dos reféns.

Como parte desse esforço, Netanyahu autorizou o diretor da agência de inteligência e operações especiais Mossad, David Barnea, a viajar ao Catar para participar diretamente das negociações de cessar-fogo. A decisão, anunciada pelo gabinete de Netanyahu no sábado (11), marca um avanço significativo nas discussões, com a participação de autoridades israelenses do mais alto escalão, responsáveis por aprovar qualquer acordo. A presença de Barnea em Doha indica o envolvimento direto de Israel nas negociações com o grupo Hamas.

Segundo informações do jornal israelense Haaretz, a primeira etapa do possível acordo prevê a libertação de 1,2 mil prisioneiros palestinos, dos quais 200 estão cumprindo penas de prisão perpétua. O gabinete de Netanyahu informou que o primeiro-ministro detalhou a Biden o andamento dessas conversas e o mandato concedido à equipe de negociação em Doha para avançar na liberação dos reféns.

Os dois líderes conversaram um dia após o governo israelense anunciar o envio de uma delegação de altos funcionários ao Catar. A comitiva inclui, além do chefe do Mossad, representantes da agência de segurança interna Shin Bet. Esse movimento foi precedido por uma reunião em Jerusalém com o enviado do Oriente Médio do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff, um representante de Biden e altos funcionários israelenses.

Os Estados Unidos, junto com Catar e Egito, têm desempenhado papel fundamental na mediação dessas negociações, que buscam encerrar a guerra em Gaza e garantir o retorno seguro dos reféns. O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos de Israel descreveu os recentes avanços como uma “oportunidade histórica” para garantir a libertação de todos os reféns.

Enquanto isso, o ex-presidente Donald Trump advertiu o Hamas sobre as consequências de não liberar os reféns até sua posse em 20 de janeiro. A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.210 pessoas em Israel, a maioria civis. Em resposta, a ofensiva militar israelense resultou na morte de 46,6 mil pessoas em Gaza, também em sua maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

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