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Barulho nas redes, alta na bolsa: dona da Havaianas apaga perdas e sobe milhões

Publicado 24/12/2025 • 06:39 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Alpargatas recupera perdas e adiciona R$ 455 milhões ao valor de mercado em um único pregão.
  • Mercado ignora ruído político e mantém foco nos fundamentos da companhia.
  • Polêmica gera mídia espontânea e reforça a visibilidade da marca Havaianas.
Pessoas fazendo fila em uma loja das Havaianas

A Alpargatas, dona da Havaianas, recuperou integralmente o valor de mercado perdido após a polêmica envolvendo a campanha publicitária de Ano Novo — e ainda ampliou sua capitalização nesta terça-feira (23).

As ações preferenciais (ALPA4) fecharam em alta de 4,02%, a R$ 11,90, enquanto as ordinárias (ALPA3) dispararam 8,73%, cotadas a R$ 10,96.

Na sessão anterior, os papéis haviam recuado 2,39%, levando o valor de mercado da companhia de R$ 7,444 bilhões para R$ 7,292 bilhões, uma perda de R$ 152 milhões, segundo a Elos Ayta Consultoria.

Com a reação positiva do mercado, a capitalização da Alpargatas saltou para R$ 7,747 bilhões, representando um ganho líquido de R$ 455 milhões em valor de mercado.

Segundo analistas, o movimento indica que o mercado “soluçou” com o ruído político, mas não atribuiu impacto estrutural aos fundamentos da empresa.

Em 2025, a Alpargatas figura entre as 15 ações mais rentáveis da B3, com retorno superior a 113%, após quatro anos consecutivos de desempenho negativo.

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O que gerou a polêmica

A controvérsia começou após críticas à nova campanha da Havaianas, estrelada pela atriz Fernanda Torres. No vídeo, a expressão “começar o ano com o pé direito” foi interpretada como uma mensagem política.

A empresa afirmou que a fala se referia a “começar o ano com os dois pés”, mas a leitura ideológica acabou ampliando o debate nas redes.

Mídia espontânea virou ativo, dizem especialistas

Apesar da volatilidade, a polêmica gerou exposição gratuita de marca, segundo Emerson Mainardes, professor de marketing e branding da FIA Business School, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

“Além do investimento no comercial, a marca passou a ocupar debates em diversos canais sem pagar por isso. Essa mídia espontânea pode gerar resultados relevantes para a empresa.”, reforça Mainardes.

Eduardo Schuler, CEO da Smart Consultoria, pondera que boicotes digitais costumam fazer mais barulho nas redes do que no varejo físico.

Embora a polêmica não tenha sido planejada, a construção da campanha abriu margem para múltiplas interpretações em um ambiente já altamente polarizado. Segundo ele, símbolos, frases e a escolha da porta-voz contribuíram para leituras políticas espontâneas.

“Mesmo que a narrativa não tenha sido intencional, há elementos que permitem que as pessoas interpretem de acordo com suas próprias referências, afirmou. Schuler destaca que, em marcas de perfil amplo e democrático, como a Havaianas, esse tipo de ruído é ainda mais sensível, pois amplia o risco de leituras não controladas.

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