Cade reavalia fusão entre Pets e Cobasi após recurso, ampliando estudos sobre concorrência no setor pet.
Superintendência havia aprovado sem restrições, mas tribunal do Cade analisa novos cenários de mercado.
Decisão pode sair até o fim do ano, com possibilidade de aprovação, veto ou medidas restritivas.
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Gustavo Augusto, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), destacou que a análise da fusão entre as redes de pet shops Petz e Cobasi segue em curso e depende da conclusão de estudos econômicos e da fase de coleta de provas. O processo ganhou novos contornos após recurso apresentado pelas partes envolvidas, o que levou o caso a ser reavaliado no tribunal do órgão.
Segundo Gustavo Augusto, a Superintendência-Geral havia aprovado a operação em junho sem restrições, mas a disputa entre Petz e Cobasi avançou após recurso. O conselheiro José Levi pediu novos estudos, ampliando a análise sobre a dimensão do mercado e diferentes cenários apresentados pelas empresas.
O presidente do Cade disse que esse movimento é natural em processos de fusões e aquisições. Ele ressaltou que a decisão inicial foi técnica, mas o tribunal pode mantê-la ou alterá-la com base nas novas evidências.
Presidente do Cade, Gustavo Augusto, em entrevista exclusiva a Eduardo Gayer
Reprodução
Estudos econômicos em andamento
“Estamos fazendo estudos econômicos, mudando a dimensão do mercado e considerando cenários apresentados no recurso”, declarou Gustavo Augusto, de acordo com ele, os técnicos avaliam impactos concorrenciais e projeções de rivalidade no setor. O objetivo é medir se a fusão resultará em concentração excessiva ou se trará benefícios em termos de competitividade e eficiência.
Prazo para julgamento
O presidente do Cade explicou que o processo pode durar até 240 dias, prorrogáveis para 330 em casos complexos, como o da Petz e Cobasi.
Ele disse que, seguindo o calendário máximo, a decisão deve ocorrer até o fim do ano. O órgão avalia se mantém a aprovação, se veta a fusão ou se impõe medidas restritivas para reduzir riscos à concorrência no setor de produtos e serviços para animais de estimação.
Tribunal avalia novos cenários de mercado no setor pet.
Fotos: Divulgação/Cobasi/Petz
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