O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência nesta quarta-feira (30) para discutir os impactos e possíveis respostas à elevação de tarifas sobre produtos brasileiros imposta pelos Estados Unidos, em decisão formalizada pelo presidente Donald Trump. A tarifa adicional — que salta de 10% para até 50% — entra em vigor dentro de sete dias e gerou forte reação do governo brasileiro.
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A reunião ocorre no Palácio do Planalto, com a presença dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), que também é vice-presidente, Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). O grupo analisa o texto do decreto norte-americano, que contém quase 700 exceções, mas também impõe barreiras a setores estratégicos da economia brasileira.
Diplomacia em movimento
Antes da oficialização do tarifário pelos EUA, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, teve uma reunião reservada com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em um encontro que pode representar um sinal de reaproximação diplomática entre os dois países. Os termos da conversa não foram divulgados, mas fontes do Itamaraty avaliam que o gesto, embora simbólico, pode abrir espaço para negociações bilaterais.
Retaliação em estudo
Durante as primeiras manifestações públicas sobre o tema, Lula já havia advertido que haveria reciprocidade em caso de sanções comerciais dos EUA. Com as tarifas agora oficializadas, o governo brasileiro estuda eventuais contramedidas, que podem incluir ações na Organização Mundial do Comércio (OMC) e a adoção de tarifas compensatórias.
Clima de tensão e expectativa
O repórter Eduardo Gayer, que acompanha a movimentação no Palácio do Planalto, relatou que a resposta brasileira pode ser anunciada ainda hoje ou nas próximas horas, dependendo do andamento da reunião de cúpula.
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