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CNBCGigante de navegação Maersk eleva projeções; “Comércio global está mais resiliente”, diz CEO

Agro

Mesmo com tarifaço, carne bovina brasileira deve bater recorde de exportações no ano

Publicado 05/11/2025 • 12:59 | Atualizado há 4 dias

KEY POINTS

  • Brasil deve superar recorde histórico e manter liderança global nas exportações de carne bovina.
  • China e México impulsionam crescimento das exportações brasileiras de carne em 2025.
  • Setor de carne mostra resiliência e diversificação mesmo com tarifas mais altas dos EUA.

O Brasil deve superar seu recorde histórico de exportações de carne bovina em 2025, mesmo sob o impacto de novas barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos.

A avaliação é de Larissa Barbosa Alvarez, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, que aponta a combinação de demanda asiática, diversificação de mercados e eficiência logística como os principais fatores que sustentam o avanço do setor.

De acordo com a especialista, a tarifa total sobre a carne bovina brasileira saltou de 26,4% para 76,4%, após a nova política de importação norte-americana anunciada em julho. A medida reduziu a competitividade do produto brasileiro frente a concorrentes como Austrália e Canadá, diminuindo a presença do país em um mercado de mais de US$ 1 bilhão anuais.

Ainda assim, o Brasil respondeu com recorde em agosto, quando exportou 268 mil toneladas de carne bovina, alta de 23,5% em relação a 2024, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

No acumulado de janeiro a agosto, os embarques somaram 1,8 milhão de toneladas, e a projeção é encerrar o ano acima das 2,5 milhões de toneladas exportadas em 2024.

China e México impulsionam novas rotas da carne brasileira

Os dados mostram que a China continua como principal destino, respondendo por quase 60% das compras, impulsionada pela antecipação de estoques para o Ano Novo Lunar. O México também ganhou relevância, superando os Estados Unidos como segundo maior comprador em junho, com alta de 200% nas aquisições.

Outros mercados emergentes reforçaram essa diversificação: Rússia, Chile, Filipinas, Indonésia, União Europeia e países do Oriente Médio ampliaram suas importações. A Indonésia, por exemplo, multiplicou suas compras em seis vezes em relação a 2024.

Para Alvarez, “a estratégia de redistribuição geográfica das vendas de carne bovina e a eficiência operacional da indústria brasileira consolidam o país como líder global do setor, mesmo diante de tarifas e incertezas cambiais”.

Demanda interna e concorrência entre proteínas

No mercado doméstico, a demanda por carne bovina também cresce. O último trimestre do ano é tradicionalmente favorecido por fatores sazonais, como 13º salário e festas de fim de ano, que fortalecem o consumo de proteínas.

“A carne bovina, por seu valor simbólico e cultural, mantém protagonismo nas celebrações, permitindo algum repasse de custos sem queda acentuada da demanda”, diz Alvarez.

Após a recuperação das exportações de frango e a retração na oferta interna dessa proteína, o preço da carne bovina tende a se valorizar no mercado doméstico, reforçando a atratividade do produto.

Oferta equilibrada e abates sob controle

A oferta também segue ajustada. Com a chegada do fim do ciclo de confinamento, o abate de fêmeas caiu levemente, mas ainda representa volumes elevados, especialmente de novilhas, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

Cerca de 40% dos abates concentram-se em animais com menos de 24 meses, categoria considerada essencial para a recomposição futura do rebanho. O setor também observa contratos antecipados com frigoríficos, que reduzem negociações à vista e ajudam a conter oscilações de preço.

Com fundamentos sólidos e capacidade de adaptação, o Brasil segue consolidando sua liderança global na exportação de carne bovina, demonstrando resiliência diante de barreiras comerciais e eficiência em diversificar mercados.

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