Nesta semana, o mercado global de commodities foi movimentado por um aumento expressivo nas compras de soja brasileira pela China. Desde o início da semana, os chineses já encomendaram cerca de 2,4 milhões de toneladas do grão — volume equivalente a quase um terço de tudo o que o Brasil costuma processar em um mês.
O Brasil, que já é o principal fornecedor de soja para o mercado chinês, amplia ainda mais sua vantagem em relação aos Estados Unidos, que vêm perdendo espaço em razão das medidas protecionistas adotadas pelo governo do presidente Donald Trump.
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Vale lembrar que cerca de 50% da receita americana com soja provém justamente das exportações para a China. Apesar da alta demanda, uma substituição completa da soja americana pela brasileira ainda enfrenta obstáculos logísticos.
O Brasil concentra sua produção e exportação no primeiro semestre do ano, enquanto os Estados Unidos abastecem o mercado na segunda metade.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil já colheu 85% da safra 2024/2025, com destaque para o Mato Grosso, onde quase toda a colheita foi finalizada. No entanto, no Rio Grande do Sul, o processo segue atrasado, com apenas 35% da safra colhida até agora.
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