Tarifas de Trump podem encarecer laptops, smartphones e IA, dizem especialistas
Publicado 27/01/2025 • 11:53 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 27/01/2025 • 11:53 | Atualizado há 3 meses
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Pixabay.
Investidores estão atentos aos possíveis impactos das ameaças de Trump sobre tarifas que podem atingir parceiros comerciais dos Estados Unidos, sobretudo as empresas de tecnologia.
Em 2018, algumas empresas enfrentaram tarifas propostas para produtos de consumo importados da China, além de represálias por parte do governo chinês. Agora, Trump sinaliza uma nova rodada de tarifas, desta vez mirando eletrônicos importados do México.
Após os problemas causados pela pandemia de Covid-19 e as tarifas anteriores da gestão Trump, muitas empresas expandiram suas operações no México como parte de uma estratégia de “nearshoring” (produção próxima aos mercados de consumo). No entanto, essa movimentação pode ser impactada pelas tarifas mais recentes.
“Se aumentarmos as tarifas no México, estaremos penalizando empresas que foram progressistas e trabalharam para reestruturar suas cadeias de suprimentos”, afirmou Richard Barnett, diretor de marketing da Supplyframe, uma subsidiária da Siemens.
As importações de produtos eletrônicos do México aumentaram de US$ 86 bilhões em 2019 para US$ 103 bilhões em 2023, representando cerca de 18% do total de importações eletrônicas dos EUA, segundo a Comissão de Comércio Internacional dos EUA.
Além da Foxconn, fabricantes chinesas como Lenovo e Hisense anunciaram investimentos em fábricas no México nos últimos anos.
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Apesar do crescimento do México, a China permanece como a principal fornecedora de eletrônicos para os Estados Unidos, sendo responsável por 78% da produção de smartphones, 87% dos consoles de videogame e 79% dos laptops, de acordo com a Consumer Technology Association (CTA).
Produtos de maior valor, como as GPUs da Nvidia, são menos sensíveis às tarifas, mas componentes secundários usados em data centers de inteligência artificial – como peças de comunicação, armazenamento e gerenciamento de energia – podem sofrer aumentos de preços significativos, conforme aponta Barnett.
Especialistas alertam que uma guerra comercial impulsionada pelas tarifas de Trump pode desacelerar o comércio global e aumentar os custos para os consumidores. Um relatório da CTA estima que laptops e tablets podem ficar até 45% mais caros, consoles de videogame podem ter um aumento de 40% e smartphones podem sofrer uma alta de até 26%, o que representaria, em média, US$ 213 a mais no preço final de um smartphone.
“Os quatro grandes impactos que vejo são preços mais altos, menos cortes de juros pelo Fed, crescimento mais lento e menos criação de empregos”, afirmou Brett House, professor da Columbia Business School.
Durante a campanha, Trump mencionou tarifas de até 60% para a China e 10% para outros países. No entanto, após assumir o cargo, ele começou a sinalizar tarifas de 10% sobre produtos do México e Canadá e 25% sobre bens da China.
Embora algumas empresas tenham ajustado seus orçamentos para lidar com os custos adicionais, consultores recomendam cautela antes de tomar decisões drásticas, como mudar linhas de produção para outros países ou estocar produtos.
“Precisamos entender quais produtos serão tarifados, a porcentagem e quando isso entrará em vigor”, afirmou Jeff Gragg, sócio da Columbus Consulting.
O cenário atual não é completamente novo. Algumas tarifas da primeira gestão Trump ainda estão em vigor, como as de 50% sobre semicondutores chineses. A administração Biden manteve grande parte das políticas tarifárias da era Trump, proporcionando às empresas certa previsibilidade, mas também dificuldades com custos elevados.
“Cadeias de suprimentos prosperam com previsibilidade, e a única coisa previsível sobre Trump é sua imprevisibilidade”, concluiu Simon Geale, da consultoria Proxima.
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