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Por que o governador do Banco da Inglaterra acredita que a incerteza veio para ficar, apesar do acordo comercial
Publicado 09/05/2025 • 06:00 | Atualizado há 1 mês
Publicado 09/05/2025 • 06:00 | Atualizado há 1 mês
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Entrevista de Andrew Bailey para CNBC Internacional.
Reprodução/Youtube/CNBC
O governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, disse à CNBC nesta quinta-feira (8) que o Reino Unido caminhava para uma maior incerteza econômica, apesar de o país ter sido o primeiro a firmar um acordo comercial com os EUA sob o controverso regime tarifário do presidente Donald Trump.
“A situação tarifária e comercial injetou mais incerteza na situação… Há mais incerteza agora do que havia no passado”, afirmou Bailey à CNBC em uma entrevista.
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“Um acordo comercial entre o Reino Unido e os EUA é muito bem-vindo nesse sentido, muito bem-vindo. Mas o Reino Unido é uma economia muito aberta”, continuou.
Isso significa que o impacto das tarifas na economia do Reino Unido não advém apenas de sua própria relação comercial com Washington, mas também daquelas dos EUA e do resto do mundo, disse ele.
“Espero que o que estamos vendo no comércio entre o Reino Unido e os EUA seja o primeiro de muitos, e que se repita em uma série de acordos comerciais, mas precisamos ver isso acontecer, é claro, e onde isso realmente vai parar.”
“Porque, é claro, estamos diante de níveis tarifários provavelmente mais altos do que eram antes.”
No Relatório de Política Monetária do Banco da Inglaterra, divulgado nesta quinta-feira (08), a palavra “incerteza” foi usada 41 vezes em suas 97 páginas, acima das 36 vezes em fevereiro, de acordo com uma contagem da CNBC.
O banco central do Reino Unido cortou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual nesta quinta-feira (08), elevando sua taxa básica para 4,25%. A decisão foi amplamente dividida entre os sete membros do Comitê de Política Monetária, com cinco votando a favor do corte de 0,25 ponto percentual, dois votando pela manutenção das taxas e dois votando pela redução em mais 0,5 ponto percentual.
Bailey disse que, embora alguns analistas tenham percebido a decisão sobre as taxas como mais agressiva do que o esperado — em outras palavras, inclinando-se a manter as taxas elevadas em vez de reduzi-las rapidamente —, ele não ficou surpreso com a votação apertada.
“O que isso reflete é que há dois lados, há riscos em ambos os lados aqui”, disse ele à CNBC.
“Podemos ter uma fraqueza da demanda muito mais severa do que esperávamos, o que pode então se traduzir em uma perspectiva de inflação mais fraca do que esperávamos.”
“Por outro lado, existe o risco de termos uma combinação de maior persistência nos efeitos da inflação que estão gradualmente se espalhando pelo sistema”, como nos salários e na energia, enquanto “a capacidade de oferta da economia está mais fraca”, disse ele.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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