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Efeito do tarifaço: Exportações de café do Brasil caem 20% em outubro

Publicado 13/11/2025 • 10:15 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • Exportações de café caem 20% em outubro e atingem 4,141 milhões de sacas, enquanto a receita cresce com preços internacionais mais altos.
  • Entre agosto e outubro, na vigência do tarifaço, EUA compraram 983 mil sacas, queda de 51,5% em relação às 2,030 milhões do mesmo intervalo de 2024.
  • Vendas recuam com impactos logísticos, tarifaço dos EUA e menor safra, apesar de receita maior impulsionada por preços globais.
Exportações de café caem 20% em outubro, diz Cecafé

Exportações de café caem 20% em outubro, diz Cecafé

As exportações de café do Brasil somaram 4,141 milhões de sacas de 60 kg em outubro, queda de 20% em relação às 5,176 milhões de sacas enviadas no mesmo mês de 2024, em grande parte devido ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos.

Apesar do recuo no volume, a receita avançou 12,6% na comparação anual, para US$ 1,654 bilhão, segundo relatório do Cecafé.

Desempenho do ano safra segue a mesma tendência

Entre julho e outubro, período que marca os quatro primeiros meses da safra 2025/26, as exportações de café totalizam 13,846 milhões de sacas, retração de 20,3% frente ao mesmo intervalo do ciclo anterior. No mesmo período, a receita somou US$ 5,185 bilhões, alta de 12,4%.

A combinação de volume menor com receita maior reflete preços internacionais mais elevados.

Acumulado do ano civil também registra queda de 20%

De janeiro a outubro, o Brasil exportou 33,279 milhões de sacas, queda de 20,3% em relação às 41,769 milhões enviadas em igual período de 2024. A receita subiu 27,6% e alcançou US$ 12,715 bilhões.

O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, atribui o resultado a três fatores principais: menor safra, desafios logísticos e o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre o café brasileiro.

Tarifa de 50% dos EUA reduz embarques pela metade

Entre agosto e outubro, período de vigência da tarifa, os EUA compraram 983.970 sacas, queda de 51,5% em relação às 2,030 milhões registradas no mesmo intervalo de 2024.

Segundo Ferreira, parte dos embarques realizados decorre de contratos antigos. Ele afirma que blends vendidos no mercado americano já começam a substituir o café brasileiro, o que pode alterar hábitos de consumo.

O setor articula para que o café seja transferido da seção 3 para a seção 2 da ordem executiva dos EUA, o que permitiria tarifa zero. O Cecafé afirma que há abertura da Casa Branca para negociar a mudança, dependendo de sinalização do governo brasileiro.

Principais destinos seguem com retração

Mesmo com o impacto do tarifaço, os Estados Unidos seguem como principal destino do produto, com 4,711 milhões de sacas importadas entre janeiro e outubro. O volume representa queda de 28,1% na comparação anual e responde por 14,2% do total.

Na sequência aparecem:

  • Alemanha: 4,339 milhões de sacas (-35,4%)
  • Itália: 2,684 milhões de sacas (-19,7%)
  • Japão: 2,182 milhões de sacas (+18,5%)
  • Bélgica: 1,912 milhão de sacas (-47,5%)

Arábica segue líder entre as exportações de café

Nos dez primeiros meses de 2025:

  • Arábica: 26,602 milhões de sacas (79,9% do total; -12,5% no ano)
  • Canéfora (conilon + robusta): 3,512 milhões de sacas (10,6%)
  • Solúvel: 3,117 milhões de sacas (9,4%)
  • Torrado e moído: 48.920 sacas (0,1%)

Cafés diferenciados mantêm maior valor agregado

Os cafés diferenciados — sustentáveis, especiais ou de qualidade superior — representaram 19,8% das exportações de café entre janeiro e outubro, com 6,580 milhões de sacas. O volume caiu 11,1% na comparação anual, mas a receita subiu 44,1% e chegou a US$ 2,803 bilhões, com preço médio de US$ 426,04 por saca.

Os principais destinos são EUA, Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália.

Porto de Santos mantém liderança

O Porto de Santos respondeu por 79% das exportações no acumulado do ano, com 26,297 milhões de sacas enviadas. O complexo do Rio de Janeiro ficou com 17,4%, seguido por Paranaguá.

Exportações de café seguem pressionadas por logística e tarifas

Com menor oferta, desvantagens logísticas e impactos do tarifaço, as exportações de café continuam registrando retração no volume, mesmo com a receita sustentada pelos preços globais mais altos.

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