Crise entre EUA e China abre espaço para o Brasil, avalia CEO da Nimbo BR Goods
Publicado 04/04/2025 • 22:09 | Atualizado há 3 semanas
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Publicado 04/04/2025 • 22:09 | Atualizado há 3 semanas
KEY POINTS
A escalada na guerra comercial entre as potências EUA e China, com a recente imposição de tarifas por parte do governo chinês, está criando novos desafios e oportunidades para o mercado brasileiro, especialmente no setor de comércio exterior. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Felipe Teixeira, CEO da Nimbo BR Goods, analisou as consequências das medidas e destacou o impacto da guerra tarifária nas relações comerciais entre Brasil, China e Estados Unidos.
Felipe Teixeira, que está atualmente na China, explicou que a Nimbo BR Goods opera em uma região de grande relevância comercial, Limbo, próxima a Xangai, onde se localiza um dos maiores portos do mundo. Durante a entrevista, ele comentou sobre o efeito das tarifas de 34% impostas pela China a produtos dos Estados Unidos. Para Teixeira, a retaliação chinesa não foi uma surpresa total, mas o aumento das tarifas superou as expectativas. “A cada novo governo, espera-se que haja alguma mudança, ainda mais quando ocorre uma transição como a que vimos nos Estados Unidos. Mas não esperávamos que fosse nesse formato e tão rápido”, afirmou o CEO.
Segundo ele, as empresas chinesas continuam tentando assimilar o impacto das novas tarifas e entender como isso afetará os negócios com os EUA. “Conversamos com empresários aqui, e já havia uma expectativa de que houvesse aumento de imposto, mas, de fato, foi muito acima do que se imaginava”, explicou. As reações iniciais têm sido de cautela, com muitos empresários adiando novos pedidos para avaliar o impacto real da medida.
Teixeira também comentou sobre os desafios enfrentados por empresas de menor porte. “Acho que, principalmente, as menores vão acabar sofrendo mais inicialmente com isso”, disse, destacando a flexibilidade do mercado chinês em se adaptar rapidamente às mudanças, como ocorreu durante a pandemia, quando fábricas começaram a produzir EPIs de forma emergencial. “A China é muito flexível nesse sentido”, afirmou, fazendo referência à capacidade do país de ajustar sua produção conforme as demandas de mercado.
Apesar da incerteza sobre como o mercado global reagirá, o executivo ressaltou que o impacto não será isolado. “Mesmo com esse aumento de imposto, não será possível atender toda a demanda apenas com a produção nos EUA. A indústria americana não tem capacidade para absorver 100% disso”, explicou. Ele acredita que, mesmo com tarifas mais altas, a demanda por produtos continuará, e a China seguirá sendo um fornecedor crucial para os Estados Unidos e para outros mercados, incluindo o Brasil.
Falando sobre as relações comerciais entre Brasil e China, Teixeira se mostrou otimista quanto ao futuro. “O Brasil tem um mercado em crescimento, e a indústria brasileira tem aprendido a fazer importações de maneira mais estratégica”, afirmou. No entanto, ele também alertou que a indústria nacional ainda enfrenta dificuldades para lidar com mudanças tarifárias, especialmente se comparada à flexibilidade da indústria americana, que tem mais capacidade de adaptação.
O executivo também mencionou o aumento das tarifas sobre os carros elétricos no Brasil, que resultou em um aumento significativo das importações de produtos da China. “No ano passado, o Brasil aumentou a tarifa dos carros elétricos, e grandes empresas aqui pegaram quase todos os contêineres disponíveis para importar esse produto. Agora, muitas dessas empresas estão montando instalações industriais no Brasil para fugir da tarifa”, explicou.
Com o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e China, Teixeira vê uma grande oportunidade de troca de tecnologia e expansão dos investimentos chineses no país. Ele concluiu afirmando que essa relação pode ser positiva para ambos os lados: o Brasil, como grande fornecedor de commodities, e a China, como fornecedora de produtos acabados e tecnologia avançada.
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