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Economia Brasileira

Chile aumenta exportações para o Brasil com foco em alimentos e serviços

Publicado 04/06/2025 • 20:47 | Atualizado há 2 semanas

Agência DC News

RODRIGO ARANGUA / AFP

O Chile, atualmente o oitavo maior parceiro comercial do Brasil, busca aumentar suas exportações para o país em 10% ainda neste ano. Em 2024, as trocas comerciais entre os dois países totalizaram US$ 11,6 bilhões (R$ 65,35 bilhões).

O embaixador do Chile no Brasil, Sebastián Depolo Cabrera, afirmou que a meta é alcançar US$ 5,4 bilhões (R$ 30,42 bilhões) em vendas para o Brasil em 2025, superando os US$ 4,9 bilhões (R$ 27,61 bilhões) registrados no ano passado, conforme informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Os segmentos de alimentos e bebidas, tanto para a indústria quanto para o consumidor final, compreendem uma parte significativa das transações entre Brasil e Chile, somando US$ 3,1 bilhões (R$ 17,46 bilhões) em exportações e importações. Em 2024, o Brasil importou US$ 1,6 bilhão (R$ 9,01 bilhões) do Chile, enquanto exportou US$ 1,5 bilhão (R$ 8,45 bilhões) para o país andino. O plano chileno é diversificar suas exportações, com foco em produtos orgânicos, como frutas, nozes e laticínios.

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“Queremos começar como fornecedores de algumas matérias-primas e depois introduzir os brasileiros aos produtos próprios da indústria chilena”, afirmou Cabrera. “Também queremos dobrar o volume exportado de leite anualmente.” Em abril deste ano, Brasil e Chile assinaram um acordo comercial voltado para a ampliação das oportunidades de comércio. O documento abrange a facilitação de comércio, eliminação de tarifas de roaming internacional para dados e telefonia móvel, serviços, propriedade intelectual e incentivos para pequenas e médias empresas.

Expansão em vinhos e laticínios chilenos

Cabrera ressaltou a intenção de ampliar a penetração dos vinhos chilenos em regiões brasileiras menos exploradas, já que as importações deste produto atingiram US$ 202 milhões (R$ 1,14 bilhão) em 2024, um crescimento de 17% em comparação ao ano anterior.

O destaque para o leite se deve à eficiência da Colun, maior produtora de leite do Chile, que busca exportar o excedente para o Brasil. A cooperativa, que foi fundada em 1949 e conta com mais de 750 cooperados, produziu 185,6 milhões de litros nos primeiros três meses de 2025, um aumento de 9,6% em relação ao mesmo período de 2024.

A Colun planeja expandir suas operações no Brasil em três etapas: harmonização fitossanitária, estudos de mercado para reintroduzir leite em pó sem marca e, por fim, introduzir produtos com marca própria, como queijos. Para atender à crescente demanda, a Colun investirá US$ 130 milhões (R$ 732,39 milhões) na construção de uma nova fábrica em La Unión, na província de Ranco, no sul do Chile. A unidade, prevista para ser concluída em dois anos, produzirá principalmente queijos como gouda e muçarela.

“Quando a fábrica estiver em operação, queremos entrar com nossa muçarela no mercado brasileiro”, afirmou Pablo Fellmer, gerente de Negócios da Colun. A empresa planeja explorar o mercado de queijos duros e semiduros, como parmesão, e espera lançar novos produtos no Brasil em 2026. As importações brasileiras de alimentos e bebidas chilenos cresceram 17,7% em 2024, totalizando US$ 1,6 bilhão (R$ 9,01 bilhões). Cabrera destacou que, além de vinhos e laticínios, o Chile quer ampliar sua oferta de alimentos inovadores, com alta qualidade e apelo tecnológico.

Diversificação das exportações chilenas

Entre os produtos estão frutas congeladas, cerejas, maçãs, framboesas e cranberries. “Investimos em tecnologia agrícola, o que permite que, por exemplo, cerejas exportadas em perfeito estado até a Ásia.” O plano chileno não se limita à exportação de alimentos. O país também pretende expandir o comércio de serviços de alto valor agregado, como mineração, serviços geológicos, fintechs e soluções digitais. Uma das apostas é o programa Startup Chile, aceleradora pública criada em 2010 para transformar o país em polo de inovação na América Latina.

Cabrera mencionou que o objetivo é ampliar a presença no Brasil além dos mercados tradicionais, mirando o centro-oeste, norte e nordeste. Para isso, o Chile deve aproveitar o novo corredor bioceânico, rota logística que conecta o norte do país ao Mato Grosso do Sul. “Queremos incluir mais regiões brasileiras nos benefícios do livre comércio, aproximando produtores e consumidores”, afirmou. Ele reforça que o acordo é baseado em princípios bilaterais e busca ampliar a complexidade das trocas comerciais, abrangendo produtos, serviços, inovação, tecnologia e turismo.

“Queremos consolidar uma parceria mais robusta, inclusiva e estratégica entre Brasil e Chile.” Em 2024, 1.143 empresas exportaram para o Brasil, o maior número desde 2014, quando eram 1.073. O total chegou a cair para 972 em 2021, durante a pandemia de covid-19, e cresceu 17,6% até alcançar o patamar atual, conforme dados da ProChile. Dessas, 727 (63%) são grandes empresas, 317 (28%) são PMEs, 56 (5%) são microempresas e 43 (4%) pertencem a outras categorias.

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