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Europa vê disparada de investimentos privados em tecnologia de defesa

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Quanto custa o Centauro II-BR, o blindado mais potente da América do Sul usado pelo Brasil

Publicado 30/12/2025 • 11:30 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • O modelo oferece proteção contra minas, artefatos explosivos improvisados e munições cinéticas.
  • Uma tecnologia inédita na América Latina, capaz de interceptar drones e mísseis de cruzeiro.
  • Até agora, os recursos do Exército no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento variavam entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão por ano.
Centauro II-BR

Foto: Divulgação COLOG

Quanto custa o Centauro II-BR, o blindado mais potente da América do Sul usado pelo Brasil

O Exército Brasileiro prepara uma reconfiguração profunda de sua capacidade militar a partir de 2026, impulsionada pela exclusão de até R$ 30 bilhões do arcabouço fiscal para gastos em defesa. A estratégia prevê a ampliação do orçamento anual para cerca de R$ 3 bilhões até 2031 e tem como um de seus pilares a aquisição do Centauro II-BR.

A decisão ocorre em um contexto de atrasos históricos em projetos estratégicos e busca aproveitar uma janela de seis anos para acelerar entregas, reduzir lacunas operacionais e atualizar meios considerados críticos para a defesa terrestre, de acordo com a reportagem publicada pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

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Quanto custa o Centauro II-BR?

O maior contrato individual do pacote de modernização envolve a compra de 96 unidades do Centauro II-BR, veículo blindado de combate sobre rodas desenvolvido pelo consórcio Iveco-OTO Melara.

O acordo, estimado em R$ 5 bilhões, deve ser assinado entre fevereiro e maio de 2026 e inclui, além dos veículos, compensações tecnológicas e serviços de logística integrada.

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Cada blindado é equipado com canhão de 120 milímetros, tração 8×8 e motor de 720 cavalos de potência. O modelo oferece proteção contra minas, artefatos explosivos improvisados e munições cinéticas de alta pressão, reunindo características de mobilidade, poder de fogo e sobrevivência raras na região.

Após a incorporação de dois protótipos em 2025, o cronograma prevê entregas graduais até 2033. Do total adquirido, 12 unidades devem ser posicionadas em Roraima, próximas à fronteira com a Venezuela, reforçando a presença militar em uma área considerada sensível pelo comando da força.

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Orçamento ampliado

A ampliação do orçamento ocorre após a entrada em vigor da lei complementar que permite excluir investimentos em defesa do teto de gastos.

Até agora, os recursos do Exército no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento variavam entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão por ano. A partir de 2026, o valor anual deve mais que dobrar.

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Para a cúpula da força terrestre, o novo ciclo orçamentário representa uma oportunidade para corrigir sucessivos adiamentos e reorganizar a carteira de projetos estratégicos, priorizando aqueles com impacto direto na capacidade operacional.

Outros investimentos

Outro foco central dos investimentos é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, o Sisfron. Criado para combater narcotráfico, contrabando e crimes transnacionais, o sistema previa nove fases, das quais apenas duas foram concluídas, em Dourados, no Mato Grosso do Sul, e na fronteira amazônica.

Com a injeção de recursos, o Exército pretende viabilizar mais três etapas, abrangendo áreas sob responsabilidade de brigadas em Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Ainda assim, a previsão de operação plena do Sisfron segue distante e aponta atualmente para 2039. O sistema integrar:

  • Radares;
  • Sensores térmicos e ópticos;
  • Aeronaves remotamente pilotadas;
  • Sensores eletromagnéticos;
  • Simuladores; e
  • Ferramentas de segurança cibernética;

Produzindo fluxo contínuo de dados para apoio às operações.

Defesa antiaérea inédita

A modernização também inclui a contratação, em 2026, de um sistema de defesa antiaérea avaliado em até R$ 3,4 bilhões. Segundo o Exército, trata-se de uma tecnologia inédita na América Latina, capaz de interceptar drones e mísseis de cruzeiro.

O novo sistema será incorporado à reestruturação do projeto Astros, que será ampliado e rebatizado como programa Fogos.

A mudança reúne, sob uma mesma estrutura, foguetes de artilharia de longo alcance, artilharia de campanha e a nova camada de defesa antiaérea.

O Astros havia perdido ritmo nos últimos anos em razão da crise financeira da Avibras, empresa responsável por parte do desenvolvimento tecnológico e que enfrenta recuperação judicial.

Ajustes em programas

Outros programas passam por reclassificação. O Lucerna, voltado à inteligência militar, e o OCOP, de obtenção de capacidade operacional plena, deixam o status de estratégicos e passam a ser setoriais, financiados diretamente pelo orçamento discricionário da força.

Já os programas Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria serão unificados, concentrando iniciativas de infraestrutura militar em diferentes regiões do país.

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A Defesa Cibernética do Centauro II-BR também será ampliada, com projetos ligados à inteligência artificial. O programa de Aviação do Exército, que inclui a aquisição de 12 helicópteros Black Hawk, permanece sem alterações.

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