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Shutdown nos EUA não derruba o dólar, mas reforça paradoxo da maior economia do mundo
Publicado 01/10/2025 • 15:22 | Atualizado há 1 mês
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Publicado 01/10/2025 • 15:22 | Atualizado há 1 mês
KEY POINTS
Imagem do prédio do Congresso dos EUA.
Pexels
O observador mais desatento poderia imaginar que a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos, o chamado shutdown, pudesse pressionar de forma mais intensa o dólar no cenário internacional, inclusive frente ao real. Mas não é o que se observa. A desvalorização da moeda americana tem sido discreta, tanto globalmente quanto na comparação com a divisa brasileira.
Ao sair para almoçar no primeiro dia de outubro, data da decisão sobre o orçamento nos EUA, o investidor viu o DXY perto da estabilidade, aos 97,7 pontos, e o dólar a R$ 5,32 no Brasil, bem acima, inclusive, da mínima de R$ 5,27 registrada há alguns dias.
A falta de acordo sobre o orçamento levanta dúvidas sobre a capacidade dos EUA de manter sua imagem de bom pagador e de democracia estável. No entanto, essa não é uma novidade. Impasses entre governo e Congresso em torno da lei orçamentária já ocorreram sob diferentes administrações, republicanas e democratas. Sempre que isso acontece, o mercado reage com apreensão, mas raramente com pânico, justamente porque já “precifica” que tais crises possam fazer parte do funcionamento político americano — principalmente em tempos de tensões afloradas, como agora.
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O efeito imediato é paradoxal. Ao mesmo tempo em que os Estados Unidos transmitem desconfiança, investidores buscam proteção exatamente nos ativos do país, com destaque para os títulos do Tesouro (Treasuries) e o dólar. A maior economia do mundo continua sendo vista como porto seguro mesmo quando a turbulência se origina em Washington.
Esse movimento se sustenta no papel do dólar como moeda corrente do comércio global e na força dos Treasuries como ativos de menor risco. É preciso destacar que a percepção sobre a solvência americana está sendo corroída gradualmente pelo aumento da dívida pública. O fato de bancos centrais estarem diminuindo suas reservas em dólar e em Treasuries, em substituição ao ouro, também adiciona um ingrediente extra à sopa de incertezas que tem dado o tom à economia americana. Por isso, alternativas como o ouro, que alcançou máximas históricas de US$ 3.800 por onça troy após valorização de mais de 40% só neste ano, servem como um aviso para os limites da confiança nos ativos americanos a qualquer custo.
Apesar dessa virada de chave, não há, por ora, motivo para temer uma deterioração súbita dos ativos americanos. O cenário ainda revela os Estados Unidos como um “jogador que atua em dois times”: de um lado, fonte de instabilidade política e fiscal; de outro, pilar da confiança dos investidores internacionais. Mesmo com questionamentos crescentes sobre seu endividamento, a combinação de tamanho econômico, liquidez e credibilidade ainda garante ao país o privilégio de continuar sendo tanto causa quanto solução para choques nos mercados globais.
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