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CNI: Brasil pode destravar US$ 7,8 bilhões em exportações se negociação com os EUA avançar
Publicado 07/10/2025 • 07:20 | Atualizado há 1 mês
Publicado 07/10/2025 • 07:20 | Atualizado há 1 mês
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O Brasil pode destravar US$ 7,8 bilhões em exportações aos Estados Unidos caso as negociações bilaterais avancem nas próximas semanas, segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira (6).
O estudo considera o impacto da Ordem Executiva nº 14.346, assinada pela Casa Branca em 5 de setembro, que abre espaço para acordos recíprocos e isenções tarifárias para até 1.908 produtos. A medida é vista como uma oportunidade para o Brasil integrar a lista de países beneficiados por reduções de tarifas, dependendo do andamento das conversas entre os dois governos.
Na manhã de segunda-feira, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump conversaram por telefone. O brasileiro pediu a revogação da tarifa adicional de 40% sobre produtos nacionais. Como próximos interlocutores, foram designados o vice-presidente Geraldo Alckmin e o secretário de Estado americano Mark Rubio.
Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, o contato direto entre os presidentes representa um passo concreto na retomada da relação comercial.
“Desde o início defendemos o diálogo pautado pelo respeito e pela significância dessa parceria bicentenária. Vamos acompanhar e contribuir com o que for possível”, afirmou Alban.
Em setembro, a entidade liderou uma missão empresarial a Washington com cerca de 130 empresários brasileiros, buscando sensibilizar representantes dos Estados Unidos sobre os efeitos do tarifaço e a necessidade de abrir canais oficiais de negociação.
A lista da ordem executiva, chamada Potential Tariff Adjustments for Aligned Partners (PTAAP), abrange 18,4% das exportações brasileiras de 2024 ao mercado americano — percentual que se soma aos 26,2% já livres de tarifas adicionais.
Entre os itens contemplados estão produtos agrícolas não produzidos em volume suficiente nos EUA, recursos naturais escassos, aeronaves e peças, medicamentos genéricos e insumos farmacêuticos. Em alguns casos, as isenções se aplicam apenas a bens voltados à aviação civil ou dependem de compromissos econômicos e de segurança considerados relevantes pelos EUA.
Segundo Alban, o potencial acordo “não representa um ganho extra, mas a recuperação de espaço comercial”.
“Integrar o anexo significa devolver previsibilidade e competitividade às nossas exportações, corrigindo distorções que afetam diretamente a indústria e o emprego no país”, afirmou.
Entre os 526 produtos brasileiros já exportados aos EUA que constam da lista de 1.908 itens, destacam-se café, cacau, frutas tropicais e produtos metálicos. No total, o detalhamento norte-americano inclui 819 itens específicos com possibilidade de isenção parcial ou total de tarifas.
A CNI vê no movimento um sinal positivo para o comércio bilateral, após meses de tensões tarifárias e incertezas. O avanço das negociações pode não apenas ampliar as exportações brasileiras, mas também recolocar o país entre os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos.

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