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Importações da China crescem 34,9% no Brasil em meio à tensão com os EUA
Publicado 16/04/2025 • 17:30 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 16/04/2025 • 17:30 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
As importações brasileiras de produtos chineses somaram mais de US$ 19 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O valor representa um aumento de 34,9% em relação ao mesmo período de 2024. O crescimento ocorre em meio ao agravamento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos.
Em entrevista ao Money Times Brasil, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Arno Gleisner, diretor de comércio exterior da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Brasil (Cisbra), afirma que parte desse avanço pode ser explicado por antecipações de importações.
Segundo ele, o fenômeno também foi registrado nos Estados Unidos e, agora, se repete no Brasil. “Possivelmente é a explicação para esse aumento tão grande e inesperado das importações brasileiras”, disse Gleisner.
O especialista aponta que há uma tentativa de se antecipar a possíveis aumentos de tarifas e interrupções no fluxo comercial, o que também pode ter levado empresas a formarem estoques. Para ele, a reorganização da geopolítica internacional afeta diretamente os fluxos de comércio global.
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A China, por sua vez, sinalizou que só deverá retomar negociações comerciais com os Estados Unidos se o governo norte-americano atender a determinadas exigências. Entre elas estão o fim de declarações consideradas desrespeitosas por membros do gabinete norte-americano, além da disposição para discutir temas como sanções e a situação de Taiwan.
Questionado sobre a postura chinesa, Gleisner avalia que há declarações com finalidade política voltadas ao público interno, mas também indicativos reais de retomada de diálogo, como a substituição do principal negociador chinês por alguém com experiência nas relações com os EUA. “Pelo menos conversas ocorrerão. Se os resultados serão positivos, temos que esperar”, afirmou.
Sobre Taiwan, Gleisner lembrou que o país é um centro de produção de eletrônicos estratégicos e que não seria possível transferir essa produção para os EUA em um curto período. Ele citou os casos da Apple e da Nvidia, cujos produtos são fabricados na China, mas cuja tecnologia é norte-americana. “Nos Estados Unidos não se constrói uma fábrica em poucas semanas”, afirmou.
As sanções comerciais entre os dois países também foram abordadas. Gleisner destacou que tanto os EUA quanto a China adotaram medidas restritivas. Um exemplo citado foi a decisão da China de impedir empresas aéreas de comprarem aviões da Boeing, o que, segundo ele, pode beneficiar a Embraer.
Questionado sobre os impactos da guerra comercial para o Brasil, Gleisner apontou tanto riscos quanto oportunidades. Entre os desafios, está a possível entrada excessiva de produtos chineses no mercado interno. Ele afirmou que, nesse caso, o país poderá adotar medidas como cotas ou tarifas.
Do lado das oportunidades, Gleisner destacou setores que podem se beneficiar do realinhamento comercial. A Embraer, segundo ele, tem condições de ocupar espaço no mercado asiático, substituindo fornecedores norte-americanos. O setor de alimentos também foi citado como estratégico, dado o potencial do Brasil nesse segmento. Além disso, ele mencionou produtos de menor complexidade tecnológica, como confecções e calçados, que poderiam ser exportados para os Estados Unidos com maior agilidade.
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