“Processo de normalizar a política monetária é um desafio geracional”, diz presidente do BC
Publicado 02/04/2025 • 15:51 | Atualizado há 4 semanas
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Publicado 02/04/2025 • 15:51 | Atualizado há 4 semanas
KEY POINTS
Em discurso durante as comemorações dos 60 anos do Banco Central, o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, destacou a complexidade do processo de normalização da política monetária do Brasil, enfatizando que se trata de um “desafio geracional”. Ele explicou que a política monetária brasileira enfrenta dificuldades particulares devido à combinação de fatores fiscais e monetários que geram desigualdade no pagamento de custos por diferentes grupos econômicos.
Galípolo apontou que, no Brasil, certos grupos têm benefícios fiscais que permitem pagar menos, enquanto a maioria da população, com menor poder aquisitivo, arca com o custo. Para ele, a resposta à questão da alta taxa de juros não é simples, já que, apesar dos juros elevados, a economia continua demonstrando resiliência e a inflação segue relativamente alta. “Essa estranheza surge porque, ao questionar a taxa de juros, não se leva em consideração a complexidade da combinação entre política fiscal e monetária”, explicou Galípolo.
Em sua fala, o presidente do BC também comparou o momento atual ao sucesso histórico do Plano Real, ressaltando que, ao contrário do que aconteceu no passado, não há uma solução simples ou imediata para os desafios econômicos do Brasil. “Esse processo de normalizar a política monetária é geracional. Não vamos conseguir uma solução imediata, como a bala de prata do passado. Isso vai demandar uma série de ações a longo prazo, muitas delas fora do escopo do Banco Central”, afirmou.
Galípolo finalizou lembrando que os 60 anos do Banco Central são a prova de uma trajetória forjada “no calor e na pressão”, destacando o compromisso contínuo da instituição com a estabilidade financeira do país. Ele reafirmou o compromisso do BC de tomar decisões independentes, transparentes e objetivas, ressaltando que a estabilidade monetária é uma missão constante e que não possui um ponto final.
Simone Tebet, ministra do Planejamento e membro do Conselho Monetário Nacional, também fez um discurso durante a celebração. Ela ressaltou o papel do Banco Central na estabilidade da economia brasileira. “Quando falamos em estabilidade na moeda, estamos falando sobre controle da inflação, o que garante que o salário de cada trabalhador tenha seu valor preservado”, afirmou a ministra, enfatizando a importância do trabalho contínuo do Banco Central para enfrentar os desafios da economia brasileira.
Tebet também abordou a complexidade das medidas econômicas diante do cenário global. “O Brasil está vivendo um momento de grandes desafios, com um mundo em transformação rápida, e a responsabilidade do governo, junto ao Banco Central, é garantir que a inflação não afete os brasileiros de maneira mais severa”, destacou.
Por sua vez, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, também fez seu pronunciamento destacando a importância da colaboração entre o Banco Central e o governo federal. “O BC vive um novo momento, e a transição de liderança foi bem-sucedida graças à boa vontade de todos. A independência do Banco Central é essencial, mas há uma harmonia fundamental entre a equipe econômica e a instituição”, afirmou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a ida à cerimônia. A atualização consta na agenda oficial da presidência da República, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom). A previsão era de que o chefe do Executivo marcasse presença no evento às 14h30. Não houve, até o momento da publicação desta nota, informações sobre a razão do cancelamento
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