O Secretário de Comércio do Presidente Donald Trump, Howard Lutnick, sugeriu neste domingo (13) que as isenções tarifárias recíprocas para alguns eletrônicos podem ser de curta duração, e disse que tarifas separadas para esses produtos estão “chegando em breve”.
“Eles estão isentos das tarifas recíprocas, mas estão incluídos nas tarifas de semicondutores, que chegarão provavelmente em um ou dois meses”, disse Lutnick em entrevista ao programa “This Week”, da ABC News.
Os comentários de Lutnick jogam um balde de água fria nas esperanças de que produtos tecnológicos populares fabricados na China, como computadores, laptops, smartphones e TVs de tela plana, seriam poupados das tarifas recíprocas de 145% de Trump — taxas que aumentam os preços para os importadores dos EUA e geralmente são repassadas aos consumidores.
A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA anunciou no final da noite de sexta-feira (11) isenções para smartphones, computadores e outros dispositivos e componentes tecnológicos de suas tarifas recíprocas.
Lutnick enfatizou no domingo que os EUA “não podem ser dependentes e confiar em países estrangeiros para coisas fundamentais de que precisamos”.
“Então, isso não é como uma espécie de isenção permanente. [Trump] está apenas esclarecendo que essas não estão disponíveis para serem negociadas pelos países”, disse ele no domingo.
Lutnick acrescentou: “Estas são coisas de segurança nacional que precisamos que sejam feitas na América”.
As isenções tarifárias recíprocas haviam trazido um suspiro de alívio, pelo menos por enquanto, para empresas de tecnologia, incluindo a Apple, que fabrica muitos de seus produtos na China.
Mas o senador democrata Cory Booker, de Nova Jersey, disse que a confusão semeada pela reversão da administração Trump na sexta-feira à noite sobre as tarifas recíprocas de alguns eletrônicos da China — e seu apelo repentino na quarta-feira por uma pausa de 90 dias na aplicação de novas tarifas sobre outros países — é prejudicial para os EUA.
“O presidente Trump agora tem uma crise de credibilidade”, disse ele em uma entrevista no domingo no programa “Meet the Press” da NBC News. “Estamos ouvindo de todo o mundo. As pessoas simplesmente não sabem se podem confiar nele.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC
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