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União Europeia prepara retaliação contra tarifas dos EUA
Publicado 09/04/2025 • 08:48 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 09/04/2025 • 08:48 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
Em meio a tensões comerciais, representantes da União Europeia e do Reino Unido se reuniram separadamente com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, nesta sexta-feira (25) para discutir relações comerciais com os americanos
Pexels
A União Europeia (UE) deve aprovar nesta quarta-feira (10) sua primeira resposta direta às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos sob a gestão do presidente Donald Trump. A decisão será tomada por um comitê de especialistas dos 27 países do bloco e a chance de a proposta ser barrada é mínima, já que ela só será bloqueada se uma “maioria qualificada” de 15 membros da UE, representando 65% da população da UE, votar contra, informou a Reuters.
A medida representa uma escalada na tensão global e posiciona o bloco europeu ao lado de países como China e Canadá, que também já retaliaram as políticas comerciais agressivas de Trump.
A proposta da Comissão Europeia — órgão responsável por coordenar a política comercial do bloco — inclui sobretaxas de 25% sobre uma ampla gama de produtos norte-americanos, entre eles motocicletas, aves, frutas, madeira, roupas e até fio dental. As tarifas serão aplicadas de forma escalonada: em 15 de abril, 16 de maio e 1º de dezembro. Juntas, essas importações somaram cerca de € 21 bilhões em 2024, valor inferior às exportações de metais da UE atingidas pelas tarifas norte-americanas, estimadas em € 26 bilhões.
A decisão ocorre no mesmo dia em que entram em vigor as novas tarifas “recíprocas” dos Estados Unidos, que impõem taxas de importação de 25% sobre aço, alumínio e automóveis europeus, além de uma tarifa geral de 20% sobre quase todos os demais produtos provenientes do bloco. A política foi justificada por Trump como uma forma de corrigir o que ele considera barreiras comerciais injustas impostas contra os EUA, mas é vista por Bruxelas como um ataque direto ao livre comércio.
Na segunda-feira (8), o governo italiano chegou a se reunir com líderes da indústria no Palazzo Chigi, sede do executivo, para discutir o impacto das tarifas. Segundo comunicado oficial, tanto o governo quanto representantes do setor produtivo “compartilharam a necessidade de evitar uma guerra comercial entre Estados Unidos e União Europeia”. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, defendeu a proposta de zerar tarifas mútuas sobre produtos industriais, na chamada fórmula “zero por zero”.
O plano de retaliação da UE foi revisado desde março, após consultas internas entre os países-membros. Produtos sensíveis, como laticínios e bebidas alcoólicas, foram retirados da lista original após pressão de grandes exportadores, como França e Itália. Esses países, inclusive, manifestaram forte preocupação depois que Trump ameaçou aplicar uma tarifa de 200% sobre vinhos e bebidas alcoólicas europeias, caso a UE seguisse adiante com uma tarifa de 50% sobre o bourbon norte-americano.
A disputa comercial ganhou ainda mais tensão nos últimos dias após Trump responder às novas tarifas da China — anunciadas na semana passada — com um aumento quase dobrado sobre as importações chinesas. Em resposta, o governo chinês prometeu “lutar até o fim”. Diante desse cenário, cresce o temor de que o mundo esteja às portas de uma guerra comercial em escala global, com impactos profundos sobre cadeias produtivas e mercados financeiros em todo o planeta.
* Com informações da Reuters
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